Enxaguar ou não a boca após a escovação?

Por @maria_luiza_oliveira e @curyjaime
Enxágue após escovação - parte A

A retenção dos componentes ativos dos dentifrícios na cavidade oral, em forma biodisponível e por tempo suficiente, é importante para o seu efeito terapêutico.

Uma das maneiras de favorecer a ação dos produtos é não enxaguando abundantemente a boca, após a escovação.

Isso é particularmente importante em relação aos componentes antimicrobianos, cuja concentração inibitória mínima impacta no efeito esperado.

Em relação ao fluoreto, alguns estudos mostram que esse comportamento pode aumentar seus níveis na cavidade bucal (Sjogren & Melin, 2001; Zamataro, et al., 2008) e seu benefício anticárie (Chestnutt et al., 1998).

A concentração aumentada de fluoreto na saliva pode ser importante para a remineralização de lesões, nas áreas em que houve remoção do biofilme. Nas superficies com biofilme residual, onde já houve difusão do fluoreto, o que não foi fixado sairá a favor do gradiente, independentemente do enxague.